24 de fevereiro de 2010
O Teatro da Vida
O Teatro da Vida
Aluna e professora estavam no camarim do grande teatro conversando...
A menina segurava um copo cheio de água,
quase transbordando, mas não conseguia levar
o copo até a boca, pois suas mãos estavam trêmulas:
- Professora, eu não consegui! Sei que você acreditou
em mim, mas acho que ninguém se interessou...
Eu treinei tanto durante as suas aulas, mas...
Estou insegura!
- Querida, você está ótima na coreografia!
- A dança é muito complicada, professora!
Eu acho que não merecia tanto destaque...
Sou uma iniciante...
Acho que dancei muito mal na minha vez...
- Está com medo?
- Sim, eu confesso que estou...
- Medo do que?
- Sei lá... Estou insegura...
Eu sinto que ninguém me notou...
- Não tenha medo.
Se ninguém der importância a algo que você fez,
não se entristeça! Nem sempre o sol é lembrado,
mas nunca nos abandonou, nunca deixou de nos
iluminar. Nem mesmo a noite, quando a lua se
torna a atriz principal do teatro do céu,
o sol sempre está a iluminando, oculto,
sem esperar nada em troca...
- Nossa! Que lindo!
- Sim, querida! Você é o sol,
se não te notaram, não ligue, tá?
O sol não liga quando a lua se destaca no lugar dele.
Ele sabe que tem capacidade, confia em si mesmo.
Sabe que sua vez chegará logo. Pense assim.
Mesmo que desta vez ninguém repare na sua
delicadeza, na perfeição dos seus movimentos,
pense que logo será notada.
- Professora, quando a minha vez chega?
- Controle a ansiedade...
Tenha um pouquinho de paciência...
-É que... Vejo as outras meninas dançando tão bem,
sendo aplaudidas com tanto entusiasmo,
acho que sinto...
Acho que eu sinto inveja...
- Querida, eu volto a pedir que você seja como o sol.
A lua está se destacando, mas com a ajuda dele.
Ele não espera que ninguém o elogie por ajudá-la.
Ele deixa todo o mérito para ela... Não importa se os
outros saibam ou não que ele a ajudou.
O importante é que ele sabe que a ajudou.
Ele sabe que a para a lua ele foi importante.
É isso que importa para ele.
A menina abraçou a professora com força,
deixando o copinho de plástico cheio
de água cair no chão.
Os anos se passaram, a menina virou moça,
e foi melhorando, foi deixando a insegurança
e começou a ajudar as colegas.
Aquela menina tornou-se uma grande bailarina,
mas não deixou de ajudar as meninas
que queriam ser como ela.
Os ensinamentos da professora, serviram
para o resto da vida dela.
Um dia, após ganhar um grande prêmio
num concurso de Ballet, a menina viu,
no meio da platéia um rosto conhecido...
Depois de tomar água e trocar de roupa,
ela saiu do camarim e saiu correndo,
ela conseguiu alcançar a velhinha que estava
parada na esquina, esperando um ônibus, então,
com um sorriso luminoso no rosto,
a moça correu até a senhora:
- Você é... Você foi minha professora de Ballet, não é? - Lembra de mim?
- Claro que lembro... E me lembro,
que quando eu tinha dez anos de idade,
você me contou uma história sobre o sol, sobre a lua... - Ainda se lembra?
- Me lembro de cada palavra...
E isso me serve até hoje...
- Que bom...
- E eu estive pensando, professora...
Você era uma bailarina fantástica,
me ensinou a dançar, foi uma amiga pra mim,
me dava conselhos...
Você foi um sol pra mim...
Apesar de me ensinar tanto...
Quem te parabenizou por me ensinar tudo aquilo?
Eu estou aqui para te parabenizar...
As duas se abraçaram, um abraço igual ao abraço
que tinham dado a tanto tempo,
no camarim de um teatro...
22 de fevereiro de 2010
Reforma do Casarão
Reforma do Casarão
Imóvel construído na década de 1930 será revitalizado e transformado em espaço cultural
Símbolo de resistência e guarida para toda uma geração de artistas, intelectuais e boêmios, “O Casarão” será agora revitalizado e transformado em espaço cultural para os acreanos.
Duas mulheres foram fundamentais para o processo de resgate. A então deputada estadual Naluh Gouveia (PT), autora do requerimento para o tombamento do Casarão como patrimônio histórico (Lei nº 12 de 2007), e a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B), que alocou uma emenda no valor de R$ 300 mil que garante o início da reforma.
A casa, construída por Abdon Massari na década de 1930, com característica arquitetônica sírio-libanesa, serviu de residência para o governador do território do Acre, Fontenelle de Castro. Na década de 80, transformou-se no restaurante “O Casarão”, por iniciativa do jornalista Elson Martins, Pedro Vicente e Miguel Ortiz.
Começaram então as inovações. A primeira mulher a trabalhar como garçonete em Rio Branco foi contratada no restaurante que trouxe a comida típica do Acre e os pratos naturais para o cardápio.
Símbolo da efervescência política e cultural, o Casarão abrigou todas as correntes de pensamento, estimulando as discussões e a reflexão, ao permitir a apresentação de peças teatrais, músicos e leilões de obras de arte. Dessa forma serviu de espaço de trabalho para artistas e artesãos.
Nele mostraram sua arte Helói de Castro, Sérgio Patchouli, Tião Natureza e João Veras. Poetas como Naylor George venderam seus livros e estimularam artistas plásticos Dalmir Ferreira e João Mayara (pseudônimo de Jorge Carlos). Esse último está há mais de dez anos na Europa, onde faz sucesso com a pintura a base de café.
“O Casarão era a nossa galeria de artes, de todas as artes. Era lá que o artista, acreano ou não, mostrava seu trabalho. Lembro das pessoas comendo com os artistas circulando entre as mesas vendendo seus livros, quadros, camisetas e colares, enquanto outros dançavam e outros ainda discutiam política estadual, nacional e internacional em busca de soluções para os problemas. Quem tinha dinheiro pagava para os que não tinham. Quem tinha carro os outros. Foi uma época maravilhosa da qual O Casarão foi o símbolo”, lembra Abrahim Farhat, freqeentador assíduo.
O local foi frequentado também pelo líder sindical Chico Mendes e pelos fundadores do PV, Nazaré e Dote, além de índios de várias etnias, O Casarão foi tema de trabalho na Unicamp. Nele figuram com destaque os artistas Dinho Gonçalves, Ivan de Castela, Rogério Curtura, Alexandre Nunes e Antonio Alcântara, que formavam o grupo teatral Direto do Rio e se apresentava todas as sextas-feiras.
No trabalho acadêmico, o autor Elderson Melo compara o trabalho do grupo teatral acreano ao Teatro do Oprimido de Augusto Boal. “O Casarão foi importante na formação de toda uma geração que depois pôs em prática o que foi discutido e mudou os rumos do Estado do Acre”, destaca a deputada Perpétua Almeida.
Segundo ela, o local faz parte da memória social do povo e tem que ser preservada. “Isso não tem preço. Por isso estou satisfeita em participar ativamente do processo de resgate e preservação através do dinheiro da emenda que destinei para esse fim. Além do mais, o processo está sob a responsabilidade da Fundação Elias Mansour, o que significa que está em boas mãos.”
Imóvel construído na década de 1930 será revitalizado e transformado em espaço cultural
Símbolo de resistência e guarida para toda uma geração de artistas, intelectuais e boêmios, “O Casarão” será agora revitalizado e transformado em espaço cultural para os acreanos.
Duas mulheres foram fundamentais para o processo de resgate. A então deputada estadual Naluh Gouveia (PT), autora do requerimento para o tombamento do Casarão como patrimônio histórico (Lei nº 12 de 2007), e a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B), que alocou uma emenda no valor de R$ 300 mil que garante o início da reforma.
A casa, construída por Abdon Massari na década de 1930, com característica arquitetônica sírio-libanesa, serviu de residência para o governador do território do Acre, Fontenelle de Castro. Na década de 80, transformou-se no restaurante “O Casarão”, por iniciativa do jornalista Elson Martins, Pedro Vicente e Miguel Ortiz.
Começaram então as inovações. A primeira mulher a trabalhar como garçonete em Rio Branco foi contratada no restaurante que trouxe a comida típica do Acre e os pratos naturais para o cardápio.
Símbolo da efervescência política e cultural, o Casarão abrigou todas as correntes de pensamento, estimulando as discussões e a reflexão, ao permitir a apresentação de peças teatrais, músicos e leilões de obras de arte. Dessa forma serviu de espaço de trabalho para artistas e artesãos.
Nele mostraram sua arte Helói de Castro, Sérgio Patchouli, Tião Natureza e João Veras. Poetas como Naylor George venderam seus livros e estimularam artistas plásticos Dalmir Ferreira e João Mayara (pseudônimo de Jorge Carlos). Esse último está há mais de dez anos na Europa, onde faz sucesso com a pintura a base de café.
“O Casarão era a nossa galeria de artes, de todas as artes. Era lá que o artista, acreano ou não, mostrava seu trabalho. Lembro das pessoas comendo com os artistas circulando entre as mesas vendendo seus livros, quadros, camisetas e colares, enquanto outros dançavam e outros ainda discutiam política estadual, nacional e internacional em busca de soluções para os problemas. Quem tinha dinheiro pagava para os que não tinham. Quem tinha carro os outros. Foi uma época maravilhosa da qual O Casarão foi o símbolo”, lembra Abrahim Farhat, freqeentador assíduo.
O local foi frequentado também pelo líder sindical Chico Mendes e pelos fundadores do PV, Nazaré e Dote, além de índios de várias etnias, O Casarão foi tema de trabalho na Unicamp. Nele figuram com destaque os artistas Dinho Gonçalves, Ivan de Castela, Rogério Curtura, Alexandre Nunes e Antonio Alcântara, que formavam o grupo teatral Direto do Rio e se apresentava todas as sextas-feiras.
No trabalho acadêmico, o autor Elderson Melo compara o trabalho do grupo teatral acreano ao Teatro do Oprimido de Augusto Boal. “O Casarão foi importante na formação de toda uma geração que depois pôs em prática o que foi discutido e mudou os rumos do Estado do Acre”, destaca a deputada Perpétua Almeida.
Segundo ela, o local faz parte da memória social do povo e tem que ser preservada. “Isso não tem preço. Por isso estou satisfeita em participar ativamente do processo de resgate e preservação através do dinheiro da emenda que destinei para esse fim. Além do mais, o processo está sob a responsabilidade da Fundação Elias Mansour, o que significa que está em boas mãos.”
10 de fevereiro de 2010
Prêmio Matias de Culturas Populares
O Governo do Estado do Acre, através da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour – FEM, receberá propostas culturais, para participação no Prêmio Matias de Culturas Populares – edital 2009/2010, destinado a reconhecer e premiar Mestres e Grupos/Comunidades praticantes de iniciativas exemplares que envolvam as diversas expressões culturais populares acreanas. Para efeito deste edital entende-se por “iniciativas exemplares que envolvam as diversas expressões culturais populares acreanas”: ações e trabalhos, individuais ou coletivos, que fortaleçam as expressões culturais populares, contribuindo para sua continuidade e para retomada de práticas populares em processo de esquecimento e difusão das expressões populares para além de suas comunidades de origem, em todas as sua formas e modos próprios: rituais e festas populares; arte popular; mitos, histórias e outras narrativas orais; processos populares de transmissão de conhecimento; medicina popular;alimentação e culinária popular; pinturas, desenhos, grafismos e outras formas de artesanato e expressão plástica; escritos; danças dramáticas; audiovisual; dentre outros.
edital no http://cultura.ac.gov.br
CARNAVAL DE RUA EM TARAUACÁ: Tudo sendo preparado para a maior festa do povo
Secretário de Cultura Professor Paulo Onofre
cuidamos de toda a infra estrutura com organização e antecedência a pedido do Prefeito Vando Torquato... pedimos desculpas pelo carnaval de 2009 e garantimos que estamos cuidando de tudo para que as quatro noites de folia deste ano de 2010, sejam de muita diversão para nossa população"
Em entrevista concedida ontem à Rádio Comunitária Nova Era FM, o Secretário Municipal de Cultura Professor Paulo Onofre, informou que o carnaval de rua organizado pela Prefeitura no ano de 2010 será muito melhor que em 2009.
veja mais sobre o carnaval no blog Cidade em Notícias
5 de fevereiro de 2010
Mostra Internacional de Teatro de Animação
Dentro do espírito de ocupar a rua e o espaço público, a Secretaria Municipal de Cultura está apresentando a Mostra Internacional de Teatro de Animação, de 3 a 7 de fevereiro, no Largo da Carioca (Centro), Parque dos Patins (Lagoa), Central do Brasil, Teatro Nelson Rodrigues (Centro), Teatro Carlos Werneck (Aterro) Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto (Humaitá) e Arena da Caixa Cultural (Centro).
Entre os convidados internacionais destaque para os Bonecos de Santo Aleixo, da cidade portuguesa de Évora, e Dirk, um mendigo/boneco em tamanho natural, da Cia. Electric Circus (Holanda). Controlado à distância, Dirk anda pelas ruas misturando-se aos passantes e interagindo com eles. Pede esmolas e caçoa de quem duvida que ele não é humano. O boneco circula em alguns pontos do Rio durante a semana da Mostra para encantar adultos e crianças.
O Brasil é representado por duas companhias gaúchas, além da anfitriã PeQuod: a Cia. Lumbra, especializada em teatro de sombras e a Cia. Gente Falante. A Lumbra apresenta o experimento Transapiens e o seu carro-chefe, O Sacy, adaptação do conto de Monteiro Lobato, para jovens e adultos, usando o teatro de sombras de maneira cinematográfica.
Secretária de Cultura lança “Circuito Bossa Nova” no Dia Nacional da Bossa Nova no rio de Janeiro
Numa parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, o espetáculo “Pernas Pro Ar”, com a atriz, cantora e bailarina Claudia Raia será apresentado, neste domingo, dia 7 de fevereiro, às 19h, na Quinta da Boa Vista (São Cristóvão), com entrada gratuita.
Para criar o ambiente da divertida história de uma dona de casa, que canta e dança a aventura de mudar de vida através de grandes sucessos da música mundial, Claudia foi ousada na montagem e, após três anos longe dos palcos, estudou as possibilidades tecnológicas que gostaria de mostrar. Assim, “Pernas Pro Ar” conta com três toneladas de equipamentos e uma equipe com mais de 150 pessoas envolvidas na montagem do espetáculo.
A tecnologia está em harmonia com o desempenho, dedicação e técnica dos artistas liderados por Claudia Raia, que teve uma exaustiva preparação de oito horas por dia, durante três meses. O elenco de “Pernas Pro Ar” conta com as participações especiais dos atores Marcus Tumura e Ruben Gabira, além de nove atores-bailarinos. Sete músicos executam a trilha do espetáculo ao vivo, sob a regência e direção musical de Paulo Nogueira, para as versões musicais realizadas por Bibi Ferreira, Sylvia Massari, Zé Rodrix e Cláudio Botelho.
Após a temporada no Rio de Janeiro, o espetáculo seguirá em turnê por diversas cidades brasileiras, onde a itinerância inédita pretende popularizar o gênero e promoverá o acesso gratuito ao publico local, além do trabalho social através de workshop sobre a montagem.
Assinar:
Postagens (Atom)